sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Technology & Me

Como é do conhecimento geral, a minha relação, até há pouco tempo, com as novas tecnologias, não tem sido a mais próxima. Positiva sim, na medida em que tem facilitado o meu trabalho e que ultimamente me tem mantido em contacto com as pessoas de quem gosto. Tenho-as utilizado principalmente na óptica do utilizador e apenas isso.
Tive o primeiro contacto com o computador nos últimos anos da faculdade, utilizando-o somente para trabalhos teóricos. O computador era aquela máquina gigantesca que "não fazia nada daquilo que lhe mandava"; parecia que tinha vontade própria! Perdia mais tempo a tentar compreendê-lo do que a fazer os próprios trabalhos... então voltava, fiel, à folha de papel e ao lápis. Confesso que ainda hoje recorro muitas vezes a eles!.. There are some habits that are hard to lose...
Muitos de nós iniciámos o nosso percurso profissional sem contacto directo com as novas tecnologias e por vezes é-nos difícil abrir as nossas portas para acolhê-las e aprender com elas. É muito mais confortável utilizar o manual, o quadro, o giz... às quais tanto nos habituámos. Os nossos fiéis amigos, com as quais podemos sempre contar e que não nos pregam partidas... Contudo, corremos o risco de perder o contacto com os nossos alunos, que já por si só se mostram suficientemente entediados, desinteressados e desmotivados para o ensino. Por isso, é urgente e inevitável acompanhar o mudar dos tempos e aceitar que o ensino mudou devido ao acesso tão facilitado às novas tecnologias.
O mais curioso é que quanto mais nos envolvemos com as novas tecnologias, mais gostamos, mais aprendemos e mais nos vamos envolvendo. Chega até a ser viciante.
Se me tivessem perguntado há uns tempos se estaria interessada em fazer uma acção de formação sobre as novas tecnologias, e ainda mais online, certamente que teria respondido que não. Não seria por achar o tema desinteressante, descontextualizado ou despropositado, mas sim por ter tido experiências anteriores em formação que pouco me ajudaram na minha profissão e a ser melhor professora. Não me interessa coleccionar horas de formação e certificados, sem saber pô-las em prática. Mas ao mudar de escola, depois de treze anos, pensei que deveria aventurar-me mais uma vez numa viagem rumo à descoberta das novas tecnologias e das suas potencialidades no ensino da Língua Inglesa.
Ainda bem que me inscrevi....

domingo, 6 de dezembro de 2009

Thank God for E-Portfolios

Há quinze anos que lecciono, e há sensivelmente dez anos que ouço falar em portefólios no ensino. Lembro-me da primeira vez que ouvi falar desse conceito no contexto de escola - foi numa acção que decorreu numa tarde na Escola Básica que ficava mesmo ao lado da Escola Secundária onde leccionava. Inscrevi-me, juntamente com algumas colegas, com a curiosidade de saber o que era, e como era aplicável no mundo do ensino.
Já ouvira falar de portefólios no mundo da moda e da fotografia, mas no ensino? Nunca...
Confesso que o primeiro contacto foi feito com algum cepticismo da minha parte. Falava-se na altura que o portefólio poderia substituir os momentos de avaliação sumativa... Eu que leccionava há relativamente pouco tempo, mas que achava que já conhecia tudo sobre o ensino, achei um tremendo disparate. Como é que um aglomerado de trabalhos poderia ter o mesmo peso e resultado na aprendizagem e na avaliação de um aluno que a avaliação sumativa? Não me parecia de todo "accurate" e reflexo daquilo que o aluno sabia. Saímos todas dessa tarde a duvidar do novo conceito e a pensar: "Yeah, right... whatever...".
Anos mais tarde, uma colega e amiga desafiou-me a propôr a elaboração de portefólios aos nossos novos alunos do sétimo ano. Os filhos dela tinham desenvolvido um portefólio na disciplina de Matemática e tinha-se revelado um sucesso. Emprestou-me alguma literatura sobre o assunto e algumas linhas orientadoras ... li e pensei : "vamos ver o que isto dá..."
A verdade é que os alunos acolheram a ideia com entusiasmo e os Encarregados de Educação também. No decorrer do ano lectivo os alunos trabalharam com afinco e dedicação, orgulhosos e seguros do trabalho que desenvolviam. Reuniram trabalhos, apontamentos, pequenas reflexões e adoravam receber o meu feedback. Foi uma óptima forma de estruturarem a sua aprendizagem e de adquirirem hábitos e métodos de trabalho. E para mim, foi uma lição de vida.
Lembro-me dos dossiers, que levava para casa, três a três (que não conseguia levar mais de uma só vez), das cores, dos sublinhados, das fotografias que os alunos lá colocavam... e do tempo que demorava a reunir os dossiers todos, analisá-los, dar feedback, e avaliá-los!! Quando terminava todos, podia começar de novo com os primeiros...! E o peso dos dossiers..??
E agora, com o desenvolvimento das novas tecnologias, aparece o e-portefólio... FINALLY!! Uma bênçao para quem já trabalhava com este tipo de ferramenta. Veio potenciar, em larga escala, todo o trabalho que se pode desenvolver na aprendizagem de um indivíduo pela sua vida fora. E com a vantagem de ser um instrumento vivo e dinâmico. Um companheiro de percurso, que envolve vários intervenientes no processo ensino-aprendizagem - Alunos, Professores e Encarregados de Educação.
O e-portefólio propõe um novo modelo para o século XXI - aprendizagem, ensino e avaliação. É verdade que será necessário dispôr de tempo para acompanhar todo o processo e acompanhar os nossos alunos. Mas ser professor é isso mesmo - estar disponível para os nossos alunos; não só cumprir com o horário que nos foi atribuído e debitar uns apontamentos. Se não fosse para ter um papel preponderante na vida dos meus alunos, estaria sentada num escritório qualquer, com horário das nove às cinco, faria o meu trabalho e ía para casa descansada.
E, provavelmente, morreria de tédio...

domingo, 8 de novembro de 2009

Blogger? ... Most Certainly

Sempre que se fala em novas tecnologias fico com uma sensação de borboletas no estômago; um misto de curiosidade em aprender, ansiedade de experimentar e receio de não conseguir. O tempo e a experiência têm vindo a ensinar-me que há que ser paciente, persistente e receptivo ao que é novo. E que as máquinas têm sempre razão...!
A verdade é que por mais resistentes que possamos ser em relação às novas tecnologias, elas realmente facilitam a nossa vida. Até aí, concordamos. Difícil é saírmos da nossa "comfort zone" e abraçarmos os recursos que estão à nossa disposição e encará-las como uma mais-valia.
Ao inscrever-me nesta formação decidi que estava mais que na hora de saír desse tal cantinho confortável (bem confortável... talvez demasaido...) e partir à busca de algo novo... "ír à descoberta e deixar-me conquistar pelo mundo imenso dos blogues, wikies e e-portefólios!..." Confesso que, para mim, se escondiam numa zona nublada, algures no mundo das novas tecnologias, bem longe de mim!... Sempre associei os blogues a um lado mais lúdico, nunca pensando que poderiam ser tão valiosos como instrumento de trabalho para os Professores, mas especialmente para os alunos. Mas é isto que realmente estou a descobrir relativamente aos blogues!
Ao ler os documentos sugeridos, descobri um mundo novo que os blogues oferecem ao ensino das línguas estrangeiras. Com os blogues os alunos tem a possibilidade de desenvolver a sua criatividade, construír novos conhecimentos, enriquecer o seu trabalho através do trabalho colaborativo e adquirir uma confiança e à-vontade que não muitas vezes se consegue demonstar no espaço da sala de aula. Também não podemos ignorar que hoje em dia o mundo dos nossos alunos gira em torno das novas tecnologias, e que para eles será muito mais apelativo e motivador utilizá-los na aprendizagem de uma língua nova. O facto do aluno poder escrever livremente, ter feedback do seu trabalho por parte do Professor e dos colegas, ajuda a que se sinta encorajado e veja o seu trabalho valorizado pelos outros. O aluno aprende a ser responsável pela organização do seu trabalho e reflectir sobre o que escreve e publica. Assim, o blogue é um óptimo instrumento de aprendizagem e potenciador de auto-estima.
Penso que é essencial que os nossos alunos adquiram e desenvolvam skills para uma aprendizagem mais independente e que tomem consciência do seu valor pessoal e da sua capacidade de serem criativos - características estas tão facilmente esquecidas. Leccionar estende-se muito para além de ensinarmos os nossos conteúdos programáticos. Como educadores, também somos responsáveis por encorajar e incutir nos nossos alunos o gosto pela autenticidade e criatividade, bem como a preocupação da criação da sua própria identidade e afirmação pessoal. E o blogue é um instrumento de trabalho que surge como failtador de todos estes aspectos.
O que mais me seduziu foi perceber que o blogue é de facto um espeço onde o aluno pode dar voz aos seus pensamentos, reflectir sobre eles e criar o seu próprio modo de se expressar. Hoje em dia é essencial que o aluno interaja, em Língua Inglesa, fora da sala de aula e o blogue é uma forma autêntica e verdadeira de garantir que isso aconteça. Quantas vezes não pensamos que a carga horária da nossa disciplina devia ser superior ao que realmente é, e que três horas por semana são deveras insuficientes para aprender uma língua estrangeira de forma eficaz? Aí o blogue pode revelar-se uma aliado muito valioso. É também uma forma do aluno adquirir hábitos e métodos de trabalho, bem como sentido de responsabilidade e pensamento crítico. Não devemos esquecer que hoje em dia o ensino é centrado no aluno e não no professor - no desenvolvimento da sua criatividade, capacidade de se interrogar sobre o que o rodeia e revelar um pensamento crítico. Há que estimulá-los a serem "cabecinhas pensadoras". Se tiver que passar pela utilização dos blogues, que assim seja.
Não estando de todo a desvalorizar as restantes vantagens dos blogues, penso que é o essencial é prepararmos os nossos alunos para o mundo que existe fora da sala de aula. No futuro serão indivíduos que irão viver e trabalhar na Idade da Informação. Há que mostrar que as novas tecnologias, e neste caso, os blogues, serão, de certo, valiosos aliados para a sua vida pessoal, mas especialmente para a sua vida profissional. Há que fornecer hoje a possibildade dos nossos alunos trabalharem as novas tecnologias de forma criativa, consciente e responsável e não encará-las meramente como diversão. Há que proporcionar novas experiências; experiências de aprendizagem.
Uma amiga e colega de formação escrevia no primeiro post do seu blogue: "Blogger ... talvez?" Fiquei a pensar no assunto ... e agora respondo "Most certainly!"

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

3 de Outubro 2010

Domingo, 3 de Outubro 2010

O aniversário da minha melhor amiga de juventude e ... o concerto dos U2! Para quem ainda não sabe, já criei um blogue no wordpress na sexta feira passada, dia 23, no qual escrevi um post sobre os U2 e a compra dos bilhetes para o concerto. Escrevia eu que achava um disparate as pessoas estarem horas a fio em fila para a aquisição dos mesmos... e eis que no sábado de madrugada me telefona a tal melhor amiga de juventude a dizer que em Santarém já não havia bilhetes para o concerto do dia 3 e que eu devia levantar-me e ir à procura aqui em Lisboa...! Ensonada (sim, porque eram seis da manhã) tomei banho, muito a custo, vesti-me e lá me aventurei Lisboa fora até à Worten de Telheiras. Quando lá cheguei havia um fila de 80 pessoas! às seis e meia da manhã! No entanto pensei, "tenho boas hipóteses de conseguir bilhetes, porque aqui há cerca de 500 bilhetes à venda." ...
Após cinco horas de espera, muitas dores de rins, pernas e pés, lá consegui comprar quatro bilhetes para o relvado!!
Agora é só esperar UM ANO para o tão esperado concerto... Um ano... Espero que valha a pena!!